Você é o visitante número

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Dom, Bem-aventurado foste, Bem-aventurado és...


Dom, como eu gostaria de tê-lo conhecido!!! Mas Deus foi amoroso comigo, permitindo-me ler sobre ti, ler Condini, ler Praxedes e Piletti, ler inúmeras matérias sobre tua vida, tua obra e influência dentro e fora da Igreja. E assim, aprender a admirar-te e sentir que te conheci que convivi contigo, mesmo tendo sido criado em Minas Gerais e, atualmente morar em Campinas, São Paulo.
Ah, Dom Helder, ou Pe. José como se autodenominava em alguns escritos teus, obrigado por ser esta figura de tamanha importância para a Igreja, e que atualiza por meio de teu pensamento os versículos do sermão da montanha que dizem: "Bem aventurados sois vós quando vos injuriarem, e falsamente disserem todo mal contra vós. Alegrai-vos e exultai-vos, porque será grande no céu a vossa recompensa, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós." (Mt 5,11-12).
Tenho me encantado cada vez mais com tua figura de profeta, de pastor, de poeta, de artista, de homem da mídia, de seguidor de Francisco de Assis, de homem do e no século vinte.
Bem-aventurado foste quando proibido de falar, de escrever, ou de aparecer tua imagem em qualquer lugar deste país, o qual estava submerso em uma terrível ditadura.
Bem-aventurado foste quando escandalizaste a elite brasileira questionando por que os pobres não tinham o mínimo necessário para viver. Bem-aventurado foste quando, como um clamor do Salmo 22, disseste : “O Senhor é meu Pastor e nada me há de faltar, e eu olho para o lado e está faltando é tudo".
Bem-aventurado foste quando declamaste o “Mariama”, o Magnificat do povo negro, pedindo basta de injustiças, de racismo, de pobres, de ricos, de escravos, de senhores, de aplausos: “Que esta festa não fique só em aplauso". Aliás, o senhor nunca quis aplausos vazios, e sim, mãos comprometidas com o mais necessitado, mãos comprometidas com uma sociedade mais justa, com uma Igreja mais encarnada na vida do povo.
Bem-aventurado foste quando tiveste a coragem de denunciar que no Brasil os presos políticos eram torturados, e que isso não era exceção e sim regra para todo preso político.
Eu poderia passar a noite toda escrevendo motivos para chamá-lo de Bem-aventurado, mas não tenho como o senhor, mesmo sendo um jovem de vinte e dois anos, a vitalidade para escrever durante as madrugadas. Peço somente, que continue olhando por este povo que o senhor tanto amou, e que com certeza continua amando do céu, suscitando sempre no coração das futuras gerações sua mensagem de paz, esperança e fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, o Bom Pastor, que também chora pelo sofrimento de seu povo, por conta da ganância de tantos, até dos que se dizem cristãos, da indiferença em relação ao próximo, da violência cada vez maior e da miséria de milhões por este “mundão de Deus”.    


Thiago Augusto da Silva
Campanha- MG

Nenhum comentário:

Postar um comentário