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terça-feira, 22 de novembro de 2011

QUEM SOU EU?

Eu?
Eu sou eu mesmo
Eu sou único
Eu sou um.
Eu não sou mais eu
Eu sou eu mais eu
E sigo Aquele que É:
"Eu sou aquele que sou"[1].
Eu "só sei que nada sei"[2].
Eu sou nada
Mas "tudo posso naquele que me fortalece"[3].
Por isso eu procuro por mim
Pois "em Deus me torno inteiramente eu mesmo"[4]:
"Conhece-te a ti mesmo."[5]
Aprendi com os filósofos que devemos viver e amar o Saber.
Aprendi com Cristo que devemos saber e viver o Amor.
"Até onde conseguimos discernir, o único propósito da existência humana é ascender uma luz na escuridão da mera existência."[6] 
Assim sou eu:
Processo constante do vir a ser.


[1]  Cf. Ex 3, 14
[2]  Sócrates
[3]  Fl 4, 13
[4]  Autor desconhecido
[5]  Sócrates - Oráculo de Delphos
[6]  Revista Ponto de Encontro: Drogaria São Paulo




 Welton Augusto Lopes dos Santos
Pindamonhangaba - São Paulo

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Dom, Bem-aventurado foste, Bem-aventurado és...


Dom, como eu gostaria de tê-lo conhecido!!! Mas Deus foi amoroso comigo, permitindo-me ler sobre ti, ler Condini, ler Praxedes e Piletti, ler inúmeras matérias sobre tua vida, tua obra e influência dentro e fora da Igreja. E assim, aprender a admirar-te e sentir que te conheci que convivi contigo, mesmo tendo sido criado em Minas Gerais e, atualmente morar em Campinas, São Paulo.
Ah, Dom Helder, ou Pe. José como se autodenominava em alguns escritos teus, obrigado por ser esta figura de tamanha importância para a Igreja, e que atualiza por meio de teu pensamento os versículos do sermão da montanha que dizem: "Bem aventurados sois vós quando vos injuriarem, e falsamente disserem todo mal contra vós. Alegrai-vos e exultai-vos, porque será grande no céu a vossa recompensa, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós." (Mt 5,11-12).
Tenho me encantado cada vez mais com tua figura de profeta, de pastor, de poeta, de artista, de homem da mídia, de seguidor de Francisco de Assis, de homem do e no século vinte.
Bem-aventurado foste quando proibido de falar, de escrever, ou de aparecer tua imagem em qualquer lugar deste país, o qual estava submerso em uma terrível ditadura.
Bem-aventurado foste quando escandalizaste a elite brasileira questionando por que os pobres não tinham o mínimo necessário para viver. Bem-aventurado foste quando, como um clamor do Salmo 22, disseste : “O Senhor é meu Pastor e nada me há de faltar, e eu olho para o lado e está faltando é tudo".
Bem-aventurado foste quando declamaste o “Mariama”, o Magnificat do povo negro, pedindo basta de injustiças, de racismo, de pobres, de ricos, de escravos, de senhores, de aplausos: “Que esta festa não fique só em aplauso". Aliás, o senhor nunca quis aplausos vazios, e sim, mãos comprometidas com o mais necessitado, mãos comprometidas com uma sociedade mais justa, com uma Igreja mais encarnada na vida do povo.
Bem-aventurado foste quando tiveste a coragem de denunciar que no Brasil os presos políticos eram torturados, e que isso não era exceção e sim regra para todo preso político.
Eu poderia passar a noite toda escrevendo motivos para chamá-lo de Bem-aventurado, mas não tenho como o senhor, mesmo sendo um jovem de vinte e dois anos, a vitalidade para escrever durante as madrugadas. Peço somente, que continue olhando por este povo que o senhor tanto amou, e que com certeza continua amando do céu, suscitando sempre no coração das futuras gerações sua mensagem de paz, esperança e fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, o Bom Pastor, que também chora pelo sofrimento de seu povo, por conta da ganância de tantos, até dos que se dizem cristãos, da indiferença em relação ao próximo, da violência cada vez maior e da miséria de milhões por este “mundão de Deus”.    


Thiago Augusto da Silva
Campanha- MG

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

São Geraldo Majela: Um evangelho vivo

No último dia 16, toda a Igreja e, de maneira especial, a Congregação do Santíssimo Redentor celebrou a memória de São Geraldo Majela, irmão redentorista. O Papa Bento XVI, em um de seus escritos diz que a vida dos santos é a mais legítima interpretação das Sagradas Escrituras. Tendo isso mente podemos nos alegrar e bendizer ao Senhor, pois são inúmeros os testemunhos daqueles que transformaram a Palavra de Deus em vida. E dentre esses tantos há um que viveu essa aventura de maneira ímpar e maravilhosa, Geraldo Majela.
A sua breve história de 29 anos é encantadora. Quem a conhece experimenta um misto de alegria, liberdade e muita beleza. Aqueles que a contam não poupam palavras de reconhecimento e encantamento. O maior gosto de Geraldo, como dizia sempre, era fazer a vontade de Deus. Geraldo vivia sempre feliz, pois viver a vontade de Deus é o mesmo que viver feliz.
Por sua história ser repleta de acontecimentos surpreendentes e milagres extraordinários, podemos ser levados a pensar que se trata de mais uma história fantástica, que nada tem a dizer a nossa realidade. Mas, na verdade, acontece justamente o contrário, Geraldo tem muito a nos dizer, pois viveu de maneira muito profunda sua humanidade e a vontade de Deus, que para ele era uma só coisa. Geraldo Majela é um evangelho vivo a espera de que nos debrucemos sobre suas páginas a fim de que também nós possamos nos tornar novos evangelhos vivos.
A nossa Comunidade está celebrando nesses dias (17,18 e 19 de Outubro), o Tríduo Geraldino e, no dia 20, celebrará a sua festa, uma vez que não foi possível fazê-lo no seu dia. Convidamos a todos que se unam a nós em oração, bebendo desta profícua fonte de espiritualidade que é nosso Irmão Geraldo Majela.

Deivisson das Chagas Dias
Vírginia MG

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

SENHORA APARECIDA, REFLEXO DO CORAÇÃO MATERNO DE DEUS


“Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esqueça, eu não te esqueceria nunca”. (Is 49,15)

Nesta passagem Deus declara o seu amor incondicional a Israel, usando esta rica figura, comparando seu amor ao de uma mãe pelo seu filho. Podemos falar de um coração divino com traços maternais.
Na Palavra de Deus há vários relatos que expressam o reflexo do coração materno de Deus em Maria. Por exemplo, no encontro materno e solidário com Isabel (Lc 1, 39- 45). Nas Bodas de Caná (Jo 2, 1- 11), o coração atencioso e educador de Deus em Maria. Vemos ainda o coração perseverante e amante de Maria aos pés da cruz que, mesmo no sofrimento, não desiste de seu filho, nem de Deus.
O coração materno de Deus também se revela através da pequena imagem, negra de Aparecida, encontrada pelos pescadores no rio Paraíba. Percebe-se ai um coração que conforta os aflitos, ama e ajuda os humildes. Os pescadores estavam aflitos, pois naquele tempo a pesca estava difícil. Não havia muito peixe e o Conde Assumar, juntamente com sua comitiva, deveria passar por aquela região, onde lhes seria oferecido um banquete com os peixes daquele rio.     
Vemos ainda o coração libertador de Deus quando o escravo Zacarias é solto das correntes pela intercessão da mãe Aparecida. O escravo pede o conforto e misericórdia da mãe Deus e é liberto dos grilhões. Deus não escolhe a quem amar e a quem abençoar.
Outro episódio em que o coração materno de Deus se fez presença iluminadora ocorreu no milagre das velas. O povo reunido e confiante em torno da imagem querida tinha em seus corações grandes desejos, aflições, mas, ao mesmo tempo, uma grande confiança em Deus e eis que, por intercessão da Senhora Aparecida, Deus realiza mais um prodígio, mostrando que jamais deixará de iluminar seus filhos e filhas amados, que amam e veneram sua mãe Aparecida.
Por fim, através destas palavras, relatos e milagres também nós somos convidados a ser reflexos do coração de Deus nos dias de hoje. Vivemos numa época em que a mídia, a moda, o dinheiro e o consumismo influenciam a humanidade a viver de maneira diferente e fora dos moldes cristãos. Surgem “deuses” prometedores de grandes riquezas, sucesso e grandes conquistas sem esforço algum. Infelizmente muitos se deixam levar pelas ilusões, acabam se acomodando e, na maioria das vezes, deixam sua verdadeira fé.
Que Nossa Senhora Aparecida, reflexo do coração materno de Deus, interceda por nós, para que tenhamos o coração semelhante ao de Deus, buscando fazer a sua vontade, amando os nossos irmãos e irmãs como seu Filho Jesus nos ensinou.

Anderson Lemes
Barueri -São Paulo

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O mesmo rosto



Dizem que o sol, deixou de brilhar
Que as flores mais belas não perfumam mais
Os jovens teriam deixado de amar
De crer na esperança de poder mudar
Que as lutas e os sonhos o vento espalhou
E que envelheceram as forças do amor

Se fosse assim que digam vocês
De quem é o rosto que ainda sorri
De quem é o grito que nos faz tremer
Defendendo a vida, o modo de ser
De quem são os passos marcados no chão
Unindo o compasso de um só coração

Enquanto existir um raio de luz
E uma esperança que a todos conduz
Existe a certeza, plantada no chão
Ternura e beleza não acabarão
Pois a juventude que sabe guardar
Do amor e da vida não vai descuidar

O rosto de Deus é jovem também
E o sonho mais lindo é ele quem tem
Deus não envelhece, tampouco morreu
Continua vivo no povo que é seu
Se a juventude viesse a faltar
O rosto de Deus iria mudar

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Encontro de formandos e formadores 2011

O Príncipe Feliz

Adaptação da obra O Príncipe Feliz, de Oscar Wilde, apresentada pelos postulantes e pré-noviços redentoristas durante o encontro de formandos e formadores 2011, em Aparecida.



terça-feira, 13 de setembro de 2011


O QUE É FILOSOFIA?




- Você sabe o que é Filosofia?
- Não. Não sei.
- Pois bem, isso é Filosofia.
- Isso é Filosofia? Eu só disse que não sei.
- Pois é. O ‘não saber’ é o primeiro passo do filosofar. E Filosofia é o próprio filosofar.
- Como assim?
- Ora, quem não sabe busca saber. Quem sabe (ou diz saber) não busca saber, pois já sabe (ou pensa saber), e com isso não busca a Sabedoria. Contudo, quem sabe que não sabe buscará saber, e este é o papel específico do filósofo: a busca pela Sabedoria. Portanto, o ‘não saber’ é a própria busca pela Sabedoria; isto é filosofar, isto é Filosofia. Parabéns por saber que não sabe, parabéns por amar a Sabedoria, parabéns por ser filósofo.
- !!!???
 








 Welton Augusto
Pindamonhangaba - São Paulo

"Que os Anjos te conduzam ao Paraíso;

que os Mártires te acolham à tua chegada,
e te introduzam na cidade santa de Jerusalém".




Fazemos aqui nossa homenagem a Dom Bruno Gamberini, Arcebispo Metropolitano de Campinas, falecido no último dia 28 de Agosto, quando a Igreja celebrava a memória do grande Santo Agostinho de Hipona. Estamos certos de que Dom Bruno agora tem sua vida depositada no coração misericordioso de Nosso Deus e, assim, elevamos nossas preces a fim de que nosso Metropolita, tão querido pela Igreja Particular de Campinas, possa contemplar a glória e a face do Deus Altíssimo! A nós, permanece o exemplo e as palavras deste Apóstolo de Cristo, o qual sempre demonstrou de uma maneira inovadora, a bondade inconteste que refulge de Deus Pai. Obrigado Dom Bruno, por seu trabalho e, mormente, por sua doação incondicional à Igreja de Cristo. Vá em paz, doce pastor, contagie a eternidade com vossa alegria! A Missão fora cumprida!
Requiescat in Pace.
Amen.

Wallace Nunes de Aguiar Honório
Franca - São Paulo






terça-feira, 7 de junho de 2011

UNIDADE: DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO?





   

            Por meio do diálogo deve-se encaminhar a um entendimento, de preferência consensual. Isto demonstra a necessidade da assimilação da “Verdade” em diferentes pensamentos espirituais, para que se caminhe rumo ao mesmo destino e objetivo.
            A Igreja é conduzida à missão, e missão é diálogo. O diálogo não tem por objetivo a imposição de ideias, mas sim a aprendizagem de algo que ainda não se sabe, e com isso, estar aberto à possibilidade de admitir erros, mudar de lado, estar disposto a ser desafiado e corrigido.
            Todas as religiões existem por causa de um Mistério e são cercadas por ele. O Mistério é o cume que une todas as religiões, por isso, é indiscutivelmente errado tomar para si, e/ou para um único grupo, aquilo que na realidade pertence a todos. A religião em si é uma ação inacabada, que só se completa com a realização do Mistério.
            As religiões são sustentadas por questões de importância decisiva para a humanidade, tais como as interrogações filosóficas acerca da origem e destino do homem. Questões deste nível devem ser abordadas por todos os pensamentos religiosos, e a missão de respeitar outras religiões deve ser assimilada como um consenso, a fim de contribuir para a união dos ideais comuns.

Welton Augusto
2º Ano de Filosofia
 


terça-feira, 17 de maio de 2011

Sentido

Que busca desenfreada,
Que busca que empreendo.
Busquei-Te em tudo,
Em nada encontrei-Te plenamente.

Não que, em nada estivestes,
Oculto e claro permaneces.
Em tudo que criou o Pai Criador.

Do nada que sei, algo compreendo,
Compreendo, sem compreender.
Somente sinto que sentido tem,
A Vossa presença.

Carlos Cézar Raimundo
Postulante redentorista





domingo, 1 de maio de 2011

Consagração Religiosa


Consagração – disponibilização

“Vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa” (Ex 19,6). Com quanto amor Deus nos criou! Ele nos sonhou quais sacerdotes, nação santa, ou seja, quais promotores altamente qualificados de Seu reino no seio da humanidade! Um amor que nos dignifica, nos promove, nos leva profundamente em conta. Criou-nos preciosos a Seus olhos e a Seus planos de salvação. Sim, “foi Deus que nos fez, criando-nos no Cristo Jesus, em vista das boas obras que preparou de antemão, para que nós as pratiquemos” (Ef 2,10).

Neste tão alto conceito é que Ele nos sonhou. Mas, e aqui está outra grandeza de Seu amor: Ele não nos fez e não nos quis previamente ou necessariamente determinados para essa missão que sonhou para nós. Não nos quis quais robôs programados e acionados por Ele. Fez-nos tais que podemos inclusive, por livre opção, posicionar-nos na contramão de Seus planos: “vê que eu hoje te proponho a vida e a felicidade, a morte e a desgraça... Escolhe, pois, a vida, para que vivas tu e teus descendentes!” (Dt 30,15.19b). Ele sonha, deseja, mas paradoxal e principalmente Ele muitíssimo mais espera, torce por nós para que façamos a boa opção e assim nos coloquemos livremente do Seu lado, a Seu favor.

E ocasião ímpar para essa opção e, consequentemente, para que Deus nos tenha do Seu lado, é, para quem se sente chamado a ela, a consagração religiosa. Esta é o gesto decisivo com o qual alguém, livremente como que se despossui e se põe na inteira e absoluta posse e disponibilidade de Deus. Põe-se si mesmo com tudo o que é e tem, com sua vontade, nas mãos e Vontade de Deus. Cria e institucionaliza para si essa situação de estar em constante prontidão, ao inteiro dispor de Deus, faz disso a sua profissão!

Assim, o consagrado se compromete, por livre opção, a colocar Deus e Seus planos e Sua vontade como o absoluto para si mesmo. Acima de sua vida, de si mesmo, ele põe Deus e Sua vontade, acima de possíveis vontades pessoais que contrastem com a divina Vontade. E somente de opção, e muito corajosa, é que pode brotar essa consagração, por exemplo, em nossa Congregação Redentorista. Pois, para se “levar aos homens a copiosa redenção” – a exclusiva razão da existência de nós enquanto Congregação Redentorista – condições irrenunciáveis são a “evangélica simplicidade de vida e de linguagem, a abnegação de si mesmos, a disponibilidade constante para as coisas mais difíceis” (Constituição 20). Essas condições ou nascem dessa destemida, confiante opção ou nem sequer germinam!

Desse modo, essa disponibilidade radical, colocada nas mãos do Pai, e tão sonhada por Ele mesmo, praticamente define a vida religiosa consagrada. Se ela existe, acontece a vida religiosa. Se não, pode haver o título de vida religiosa, mas consagrada a Quem, por causa do quê? Os votos religiosos como que se sintetizam, concretizam-se nessa disponibilização de si a Deus para estar sempre pronto a atuar Sua vontade salvífica, buscada e discernida na mediação de superiores legítimos.



Pe. Domingos Sávio da Silva CSSR
Seminário Redentorista São Clemente II




sábado, 16 de abril de 2011

A CRUZ NOSSA DE CADA DIA

Aproxima-se a Semana Maior de nossa fé cristã católica, pela qual somos chamados a uma profunda reflexão sobre nossa conduta de fé e vida. O Cristo nos leva a aproximarmos de nós mesmos, de nossas mazelas, de nossas cruzes e as coloca em conformidade com sua própria Cruz e seu próprio sofrimento.
O sofrimento do Filho de Deus teve sua concretude na vida humana que precedeu todo o mistério de sua vida e missão neste chão, nesta terra marcada pela injustiça, pela falta de compromisso, pelo desamor e pela opressão corrupta que assola a vida em seu sentido mais amplo, na dignidade de filhos e filhas de Deus. Vida humana que é humana com toda amplitude possível a tal condição, na sua inteireza e no seu doar-se a ponto de permitir sofrer tamanha desumanidade por parte dos que amou.
Contudo, a Cruz com Cristo passa a ter outro significado. De vergonha à glória, de derrota a erguimento, de morte à vida, enfim, de perdição e maldição à salvação e vitória. A Paixão de Cristo é um escândalo a ser superado, não podemos nos prender à Cruz como um simples acontecimento histórico, mas como algo que se perpetua, ou seja, a salvação continuada nas dores de cada irmão e irmã que sofre e oferece esse sofrimento pela causa do reino. Tais pessoas, como o Cristo, não oferecem seus sofrimentos, suas cruzes a Deus, até porque Deus não se alegra com sacrifícios e holocaustos, mas com nosso louvor e nossa doação ao povo, mas oferecem tais cruzes pela salvação do mundo, pela remissão dos pecados e pela reconciliação da humanidade entre si e, automaticamente, com Deus.
Enfim, a Cruz de Cristo reflete em nossas vidas a ação salvífica daquele gesto esplêndido e máximo de amor e doação. No silêncio da Cruz de Cristo a humanidade contempla o grito da libertação que Ele vem nos dar na Ressurreição e da mesma maneira que não há o Cristo sem a Cruz, não há a Cruz sem o Cristo, portanto, a todos que estão aflitos e sofrem, alegrem-se, pois na Cruz nossa de cada dia também está crucificado Jesus, o Redentor, para que possamos com Ele nascer para uma vida nova. Ressuscitar se faz eminente neste mundo em que a morte do sentido da vida assola nossa cultura, nossa vida e nossa fé. Ressuscitar é viver em Cristo mesmo quando o caminho parece escuro e sem saída, pois Ressuscitar é vislumbrar novos horizontes a partir da vida que vem de Deus e que é a semente da mesma Ressurreição prometida e alcançável por todos nós.  Boa Semana Santa e uma feliz e abençoada Páscoa para todos!


                                                                                  Bruno Rocha Prudente
                                                                                 Postulante Redentorisa
                                                                            2º Ano de Filosofia


terça-feira, 12 de abril de 2011

Celebrar a vida

Estimado leitor:
Continuar contentes o Redentor é aceitar a vida como o maior dom que o Pai nos concede e buscar vivê-la em plenitude, “no amor dos irmãos, na alegria, na paz, na união”*, como diz a música. Com muita alegria, a comunidade formativa do Postulantado e Pré-noviciado reúne-se, ao final de cada mês, para comemorar os aniversariantes, com a celebração da Eucaristia e uma confraternização, com jantar festivo. No primeiro dia desse mês de Abril, festejamos não só os aniversariantes do mês de Março, como também o único natalício de Abril. Rendemos graças pela vida do Cristilherme (17/03), do Carlos (27/03), do Oblato redentorista Sebastião – o “Seu Tião” e, no mesmo dia, também o meu aniversário (31/03), e, por fim, do Rogério (01/04).
*Música: Te amarei, Senhor!

Na foto: Paulo, Cristilherme, Sr. Tião, Carlos e Rogério.
                              
Na primeira confraternização do ano realizada na comunidade S. Clemente II, os pré-noviços capricharam! A ambientação (criação de Henrique César) remetia à bem-vinda estação do outono. Uma enorme árvore caducifólia brotou em nosso pátio, forrando com folhas vermelhas uma praça, iluminada por aconchegantes lanternas. No menu, o chef Bruno Prudente preparou Filé de Cação ao molho de camarão! Oh-la-lá! O delicioso cardápio combinou perfeitamente com a noite alegre de integração, partilha e ação de graças.


 

Obrigado a todos os que nos ajudam a perceber cada dia de nossas vidas como dom do Pai!

Pré-noviço Paulo Dutra.


Pré-noviços 2011
Em pé: Paulo, Reinaldo, Jonas e Henrique.
Sentados: Tiago, Rogério, Alex, Pe. Domingos Sávio, Geovane, Wallace e Daniel "Shandão".
Homenagem aos aniversariantes de Março e Abril:
Amar
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave
de rapina. Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
(Carlos Drummond de Andrade)

Programação da Semana Santa 2011- paróquia Santo Afonso


   Domingo de Ramos – 17 Abril – (Coleta da Campanha da Fraternidade)
07h. Bênção dos Ramos e após procissão.
Setor Pastoral I – Com. Ssa. Trindade, segue para Com. Frei Galvão
Setor Pastoral II – Portaria do Clube Santa Clara, segue para Com. Rainha da Paz
     Setor Pastoral III – Com. N. S. Guadalupe, segue para Praça João Amazonas

Segunda-feira Santa – 18 de Abril
05h. Procissão da Penitência
15h. Terço Missionário
20h. Sete Palavras de Jesus na cruz
 
   Terça-feira Santa – 19 de Abril
05h. Procissão da Penitência
15h. Uma Hora com Jesus
20h. As Dores de Nossa Senhora

Quarta-feira - 20 de Abril
05h. Procissão da Penitência
09h. Missa dos Enfermos (Comunidades: N. S. Guadalupe, Jesus de Nazaré e Ssma. Trindade)
15h. Novena Perpétua
Via Sacra na rua (trazer velas). Encerramento às 21h30 na Praça João Amazonas
Setor Pastoral I – Início na estrada que liga o Residencial Campina Grande e São Luiz
Setor Pastoral II – Início na Com. Sagrada Família
Setor Pastoral III –  Início na Com. N. S. Lourdes

Quinta-feira santa – 21 de abril
05h. Procissão da Penitência
09h. Missa da Crisma e Benção dos Santos Óleos – Catedral Metropolitana
15h. Oração pelas Vocações
20h. Celebração da Ceia do Senhor - Cerimônia do Lava-pés.
22h. às 00h. Adoração do Santíssimo Sacramento (pastorais e movimentos)

Sexta-feira Santa - 22 de abril
Igreja aberta durante o dia
07h às 12h. Adoração do Santíssimo Sacramento (pastorais e movimentos)
15h. Celebração da Paixão do Senhor (coleta destina-se p/ lugares santos)
17h. Concentração na Praça João Amazonas, segue procissão para o Ginásio de Esportes do Parque Floresta I
18h30 Encenação A Paixão de Cristo, no Ginásio de Esporte

Sábado Santo – 23 de abril
09h. Encontro com as crianças
15h. Encontro com a juventude
20h. Solene Vigília Pascal: Bênção do Fogo Novo, Renovação das Promessas Batismais (trazer velas)

Domingo de Páscoa/Ressurreição do Senhor – 24 de abril
08h. Celebração/Missa – Trazer café comunitário p/ partilhar ao final da celebração.
Leve seu gesto concreto da C.F.
 Uma feliz e Santa Páscoa!
                                                                                                   Missionários Redentoristas